
A Jéssica passou o Carnaval comigo aqui em São Paulo e tivemos bastante tempo para conversar sobre Anne Rice. Por que gostamos de Anne Rice? Os livros dela são bizarros, problemáticos, enrolados, enfim, um caos todo. Não chegamos a nenhuma conclusão, mas seguimos lendo tudo dessa mulher. O livro de fevereiro do nosso desafio era algum da Rice que não tivesse nada a ver com as Crônicas Vampirescas. Escolhi Violino, que foi publicado no Brasil pela Rocco, com tradução do Mario Molina.

Terminei recentemente a releitura de Rainha dos Condenados e emendar esse foi uma experiência e tanto. Peguei sem saber nada do enredo e já fui logo surpreendida. O livro começa com Triana contando um pouco de sua vida, do casamento com seu segundo marido, Karl, que acaba de falecer em decorrência do HIV.
No dia do falecimento de Karl ela começa a ouvir um violino em frente à sua casa. É o fantasma Stefan e seu Stradivarius. Ela fica vários dias com o cadáver em casa sem saber o que fazer, fato que obviamente preocupa a família toda. Triana e Stefen começam a conversar e em meio à crise que ela vive, ela toma o violino dele. Stefen então à leva numa viagem pelo tempo, para contar sua história e mostrar seus mentores, Beethoven e Paganini.
Quando “acorda” dessa viagem, Triana não está nos Estados Unidos, mas sim em Viena, e descobre que sabe tocar violino. Ela encanta as pessoas do hotel em que se encontra e começa uma turnê de shows pelo mundo, sempre com Stefan ao lado pedindo que ela devolva seu violino, mas ela se recusa. Em meio a essa turnê, ela chega até o Rio de Janeiro, onde ela finalmente devolve o instrumento para que o fantasma possa seguir seu caminho.
O enredo é bastante confuso, com muitas histórias entrelaçadas, como é comum da literatura de Rice. Aqui há um porém, é um dos livros mais autobiográficos da autora. Assim como Rice, Triana também teve uma filha que faleceu quando criança e precisou lidar com a morte do marido anos depois. Não é uma leitura fácil e eu diria que não é nem ao menos agradável, mas vendo como uma forma de lidar com o luto, ele faz algum sentido.
amiga você foi muito boazinha na sua resenha!!!
mas é isso mais um mês do desafio que saímos vitoriosas (nem sei se podemos chamar esse livro de vitória)
LikeLike
Eu diria que foi um obstáculo vencido.
Obstáculo esse que nós mesmas arrumamos pq sim.
LikeLike