Vampiros brilham no escuro?

Recentemente me convidaram para escrever um artigo sobre Carmilla, a vampira lésbica criada pelo Sheridan La Fanu (quando estiver disponível eu linko lá no meu CV). Reli a obra e aproveitei para pegar todos os meus livros de vampiros da estante. Reli contos, li teorias, li fábulas, enfim, 35 anos e estou 100% imersa no mesmo vampirismo que me fascinava quando eu tinha 15 anos. 

Por que eu amo tanto vampiros e terror? Até hoje não sei responder a essa pergunta, só sei que desde sempre sou apaixonada. Amo terror desde criança, gosto de sentir medo, amo tomar susto, amo ficar apreensiva e acho que só quem gosta vai se identificar com essa esquisitice. Mas e os vampiros? Vi Drácula do Coppola quando era criança, assim como Drácula, morto mas feliz. Teve Blade, teve Entrevista com o Vampiro e Rainha dos Condenados. Depois fui para o Bela Lugosi, para a Hammer. Cheguei até o Nosferatu do Murnau, que é um dos meus filmes preferidos. 

Claro que acompanhei a febre Crepúsculo. Ganhei o primeiro livro e não fazia ideia do que se tratava. Quando me dei conta, estava no quarto livro. Não foi uma onda que me cativou, mas me diverti lendo os livros. Só fui ver o primeiro filme esses tempos e minha nossa senhora, que coisa horrorosa, porém divertida. 

Aqui um parênteses para comentar duas coisas: Robert Pattinson e Kristen Stewart. Os dois estavam corretíssimos de fazer esses filmes horrorosos, garantiram fama e dinheiro, aí aparecem em filmes do Cronenberg anos depois. Amo os dois, amo os filmes deles e etc. 

Mas enfim, voltando aos vampiros…

Hoje eu posso dizer com toda certeza que não gosto nadinha do filme do Coppola. Essa coisa de vampiro sexy, sedutor e etc. eu acho uma baboseira. Gosto muito mais do charme de Christopher Lee em seus 200 filmes da Hammer. Vampiras lésbicas? Tudo um saco, fetichização de homem hétero. Nosferatu me encanta muito mais em sua feiúra. Se bem que gosto bastante da breguice sexy da Hammer dos anos 70…

Em 2020 eu revi Rainha dos Condenados e escrevi sobre ele aqui. Aliás, a trilha sonora é perfeita. Vocês já ouviram? Caso não, recomendo demais. Falando em música, esse ano eu tive um revival de Cradle of Filth, toda aquela temática de vampiros, de Elizabeth Bathory. Lembrei até de uma banda argentina chamada Vampiria. Nem era tão boa, mas comprei o cd por causa da capa.

Mas enfim, em 2020 eu vi também o curta Suicide By Sunlight, sobre uma vampira negra que pode sair ao sol porque a melanina de sua pele a protege. Sensacional demais. Black as Night da Maritte Lee Go traz o debate de classes e racismo. Ruim, mas interessante.

Vampiros entram e saem de moda a cada alguns anos. Eu acho interessante demais acompanhar o povo surtando, criticando as coisas de jovens e etc. Como comentei no começo desse post, ando fascinada de novo com os vampiros. Se eu tivesse um blog em 2002, falaria bastante dele. Falo em 2022 e seguimos.

4 thoughts on “Vampiros brilham no escuro?

  1. Vampiros tem uma aura mágica e sombria que cativa até os menos chegados ao gênero. Sua publicação me reportou à lembranças muito boas, não podendo faltar Drácula de Bran Stoker, pra mim, o melhor, Gery Oldman inesquecível .

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  2. Vampiros é uma coisa que eu nunca curti. Mas quando li o título do seu artigo pensei que seria um bom artigo. Não me enganei. Obrigada pelas palavras. Já estou seguindo seu blog. 🙂

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