Dez livros que acabaram comigo

A Sybylla fez uma lista de dez livros que acabaram com ela, e me convidou a fazer o mesmo. Então aí vai.

Terráqueos, de Sayaka Murata

É o único que não resenhei aqui no blog, porque quando finalizei a leitura eu não sabia o que pensar, o que escrever, o que fazer comigo mesma. Talvez seja o livro mais surpreendente que já li na vida. Eu não estava pronta para nada daquilo. Recomendo que você leia sem saber nada da sinopse.

A vida real, de Adeline Dieudonné

Outro livro que peguei sem saber nada e fiquei sem chão. A realidade pode ser bastante cruel.

Uma vida pequena, de Hanya Yanagihara

Li esse livro há cinco meses e ainda me pego pensando nele, lembro de detalhes. Muitas pessoas que eu conheço detestam, dizem que é masoquismo puro. Talvez seja. Eu chorei de soluçar quando finalizei a leitura, choro alto, de deixar o rosto todo inchado. Acho que nunca vou me esquecer dele.

Miso Soup, de Ryu Murakami

Gosto muito de livros que estão indo por um caminho e de repente mudam completamente a direção das ideias. Esse é o caso em Miso Soup. Te pega desprevenido.

Vita Nostra, de Marina e Sergey Dyachenko

Eu não sou uma pessoa acostumada a ler fantasia, não consigo acreditar naqueles mundos criados. Porém, eu li 230 páginas de Vita Nostra em um dia comum, apenas de manhã, na hora do almoço e antes de dormir. Acabei a leitura sem entender nada, mas com a certeza de que tinha amado.

Fome, de Roxane Gay

Eu sou uma mulher gorda (menor) e cada página ali foi essencial para mim, principalmente pela identificação. Queria que as pessoas magras lessem e colocassem a mãozinha na consciência.

As coisas que perdemos no fogo, de Mariana Enriquez

Esse livro foi o responsável por eu me apaixonar por aquilo que chamo de “mulheres maravilhosas que escrevem contos estranhos”. Aqui tive certeza que a literatura feita pelas mulheres da América Latina é simplesmente a melhor.

O ano do pensamento mágico, de Joan Didion

Aprendi a amar a não-ficção com a Joan Didion. Aprendi a amar a escrita confessional, o dar tudo de si em palavras para expressar pensamentos. Aprendi a lidar com a dor lendo a dor da Didion.

Manhã, de Adília Lopes

Sempre gostei de poesia, mas foi com esse livro que passei a amar. Conheci novas formas de versos, novos sentimentos em palavras, me identifiquei com a simplicidade que trazia tanto. Minha poeta preferida.

A cidade solitária, de Olivia Laing

Livros sobre solidão são meus preferidos. A leitura desse aqui me levou a escrever aquele que considero meu melhor texto.

Imagem de capa: Edward Hopper

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