#desafioleiamulheres Dezembro

E chegamos ao fim do segundo ano de #desafioleiamulheres. Para dezembro o tema era autora clássica. Fiquei em dúvida entre algumas, mas acabei escolhendo Mathilda da Mary Shelley, que estava na minha estante há algum tempo. A edição que tenho saiu pela Grua, naquela coleção A Arte da Novela, com tradução de Bruno Gambarotto.

Não vou me alongar muito sobre quem foi Mary Shelley, pois ela dispensa apresentações. Sua obra Frankenstein se tornou uma coisa gigantesca e hoje é mais conhecida do que sua criadora. Antes de Mathilda eu já havia lido alguns contos, então estava mais do que curiosa com essa novela. A mãe de Mathilda falece ao dar à luz e o pai tomado pela tristeza deixa a bebê aos cuidados de uma tia e viaja pelo mundo.

Quando ela completa 16 anos ele volta para perto dela. Mathilda que havia sido uma criança bastante solitária, finalmente se sente feliz e digna de amor. Mas o amor que seu pai sente por ela é um tanto quanto bizarro, pois lembra da falecida esposa toda vez que olha para a filha. Diante desse sentimento, ele se afasta novamente da filha e uma desgraça acontece.

Essa novela foi escrita em 1820, e seu pai, seu editor na época, se recusou a publicá-la. Também se recusou a devolver o original para a filha. A obra foi publicada pela primeira vez apenas em 1959. O quão autobiográfico é o texto? A mãe de Mary Shelley, a famosa Mary Wollstonecraft faleceu poucos dias depois de dar à luz. A escritora nunca conheceu a mãe e viveu com o pai até fugir para se casar com Percy Shelly.

Quando o li esse livro eu estava numa ressaca brava depois de A Hora das Bruxas da Anne Rice, que é pesadíssimo e cheio de desgraça. Não estava conseguindo me concentrar em nada. Aproveitei para ler um livro infantil sobre a Mary Shelley e já emendei esse. Ele é carregado de drama, desgraça e bad vibe. Achei também um tanto macabro e fez eu me apaixonar ainda mais pela escrita de Mary Shelley.

E sobre o desafio para 2021, dessa vez vou ficar de fora. Gosto muito de conhecer escritoras diversas, mas essa coisa da obrigatoriedade me cansa um pouco. Por vezes pensei em desistir nesse ano, mas fui adiante. No ano que vem quero ler de forma ainda mais diversa e comentar aqui sobre as leituras.

O desafio de 2021 é esse. 🙂

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